A Escola Benson Ford foi inaugurada no dia 04 de julho de 1941, no mesmo dia da Independência dos Estados Unidos da América (USA).
A construção da escola, no meio do seringal, foi projetada de forma diferenciada, sendo a mais estilosa de Belterra. A terceira escola construída pela Companhia Ford recebeu o nome do neto de Henry Ford, e filho de Edsel Ford.
Durante a solenidade foi entregue a chave da escola Benson Ford para a diretora das escolas de Belterra, Srª. Zélia Braga. (informação descrita em inglês no verso da foto original).
Sala de aula da Escola Benson Ford (Coleção The Henry Ford)
Banheiro da Escola Benson Ford (Coleção The Henry Ford)
O evento foi coordenado pela Professora Zélia Pinto de Sousa Braga e seu corpo docente formado pelas professoras Hélia Freitas, Joana Coen, Julia Coreteiro e Raimunda Frota Rola, conforme registro do livro de ocorrências da diretora.
Localizada na Vila 129 (vila bode), atual bairro Santa Luzia, o Grupo Escolar Benson Ford acolheu alunos das escolas improvisadas que funcionavam na vila (bloco 129) e na Estrada 7.
Registro da Diretora Prof. Zélia Braga, em 1941.
Grupo Escolar Benson Ford em 1946. (Jornal A Manhã)
Depois que Belterra voltou a ser propriedade do governo brasileiro, sob a direção da DEMA/PA (Delegacia Estadual do Ministério da Agricultura no Pará), na gestão de Waldemar Benassuly Maués, a charmosa escola passou a chamar-se Escola Manoel Garcia de Paiva, em homenagem ao primeiro administrador brasileiro da Companhia Ford Industrial do Brasil.
Manoel Garcia de Paiva (Foto Virginia de Sousa Paiva)
Manoel Garcia de Paiva
Engenheiro agrônomo com especialização nos EUA, fluente em inglês, francês e espanhol, e conhecedor do latim. Mineiro de Belo Horizonte, chegou em Fordlândia no início dos anos 30, atraído pela demanda de trabalho da Companhia Ford, extinta em 1945, foi escolhido por Felisberto Camargo para ocupar o cargo de administrador brasileiro do acervo patrimonial transferido da Ford para a União, gerindo a partir daí as "Plantações Ford de Belterra e Fordlândia". Especializado em problemas de pessoal, sua primeira missão foi presidir uma comissão para reorganizar a tabela de trabalhos e salários.
Devido sua responsabilidade no alto escalão da concessão Ford, sua residência foi fixada na Casa 3 da vila americana até 1950, quando encerrou sua jornada na administração das plantações e mudou-se para Belém do Pará.
Em 1963, já aposentado, preferiu retornar para Belterra, fixando residência no Porto Novo, comunidade onde morou no início do projeto Ford. Anos mais tarde, 1967, vítima de insuficiência cardíaca, faleceu no hospital Henry Ford e foi sepultado no atual cemitério Santo Antônio.
Escola Manoel Garcia de Paiva, 2011. (Arquivo do Blog)
Escola Manoel Garcia de Paiva, 2011. (Arquivo do Blog)
Escola Manoel Garcia de Paiva, 2011. (Arquivo do Blog)
A escola ficou abandonada por um período, mas, com a iniciativa dos próprios moradores da vila, o prédio histórico foi revitalizado para dar mais comodidade aos seus professores, alunos e toda equipe escolar.
Em 2018, a prefeitura de Belterra, por meio da Secretaria de Educação, iniciou a recuperação do prédio da escola com o propósito de manter os aspectos originais do educandário, por ser um dos patrimônios históricos mais atraente da cidade. A reforma foi entregue em fevereiro de 2019 através de uma aula inaugural.
Reprodução ASCOM/PMB
Vista aérea da Escola Manoel Garcia de Paiva, 2021. (Foto Odenildo Brito)
Atualmente os comunitários da vila 129 revitalizaram parte do prédio para dar espaço ao "Projeto Cine Kids", realizado na sexta-feira para as crianças do bairro.
Praça ao lado da Escola Manoel Garcia de Paiva, 2024. (Foto Odenildo Brito)
O prédio da escola faz parte de um projeto da OSCIP AMABRASIL, ao qual irá denominar a escola como "Escola Internacional Sustentável". Trata-se de uma escola profissionalizante de nível técnico voltada para trabalhos da indústria de madeira, sendo também chamada de "Escola de Madeira".
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