Os habitantes da cidade de Belterra possuem traços indígenas assim como existem em outras cidades amazônicas. Os povos da floresta, chamados de índios de forma pejorativa, são mais preparados para lidar com o mundo e as adversidades existentes nele. Ser indígena é uma grande qualidade que, infelizmente, muitos preferem esconder.
A Amazônia é rica em diversidades naturais e em povos de diferentes culturas. A Floresta Nacional do Tapajós (FLONA), localizada em Belterra e classificada como unidade de conservação de uso sustentável, abriga três aldeias indígenas: Marituba, Bragança e Takuara, pertencentes à etnia munduruku. Os mundurukus, naturais dos estados do Pará, Amazonas e Mato Grosso, são de tradição guerreira e hoje suas guerras são voltadas para a defesa da integridade de seu território ameaçado por pressões ilegais.
Num relatório feito pela FUNAI constatou-se a existência de povos indígenas mundurukus em Belterra. Entretanto, pesquisadores e entidades da área não concordam e vão contra a criação das reservas acima citadas. Quando a FLONA foi criada houve um pedido de desapropriação de terras e isso gerou conflitos entre os comunitários e o órgão responsável pela área, mas com o tempo foram feitas alterações em comum acordo com os moradores. Há anos os indígenas do baixo Tapajós lutam pelo reconhecimento de suas origens e pelo direito de demarcar suas terras.
As comunidades mundurukus da FLONA do Tapajós são falantes da língua portuguesa e dão continuidade aos rituais tradicionais de sua tribo. Os indígenas das aldeias de Marituba, Bragança e Takuara lutam pela causa com a intenção de garantir uma floresta intacta para as gerações futuras, pois acreditam que algumas ações dentro da área de preservação estão indo contra o meio ambiente.
*Fotos do Blog da Mônica Belterra
*Matéria do Jornal A Corrente - Edição do dia 07 de Maio de 2011.
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