sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Casa dos Padres / Congregação das Irmãs do Preciosíssimo Sangue

No início da década de 40, a Companhia Ford cedeu ao Frei Tiago Ryan terrenos para construção da igreja matriz, casa paroquial e casa dos padres.

Inicialmente, os religiosos foram acolhidos na casa construída no canto de entrada da Vila Timbó, toda em madeira e seguindo o mesmo padrão americano das outras residências. A estrutura continua a mesma, porém, foi ampliada na parte dos fundos.

Creche Municipal Frei Osmundo

Um tempo depois, foi construída também em madeira uma residência fixa, localizada entre a igreja matriz e a paroquial, e hoje está construída em alvenaria.

Antiga construção em madeira

Casa atual

A primeira casa em que os padres aestavam passou a ser da Congressão das Irmãs do Preciosíssimo Sangue sendo utilizada té o ano de 1979 quando a madre superiora decidiu pelo fechamento do convento em Belterra.

Depois que o Hospital Henry Ford foi desativado, o posto de saúde foi transferido para essa mesma casa. Atualmente, funciona a Creche, homenageando Frei Osmundo Menges (in memorian), que também foi vigário em Belterra.

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Belterra Fotos Atuais

Bosque do Bairro de Santa Luzia

Caixa D'água da Estrada 7

Estrada 1

Vila Americana

Antigo Posto Fiscal na Estrada 7

 
Antiga Casa Moraes

Fordlandia: GRITtv - Greg Grandin



Você sabia?

Belterra possuía uma Casa de Força localizada dentro do cercado na Estrada 1, em frente a Praça Brasil, que desabou há alguns anos atrás. Na época da Companhia Ford, o maquinário de energia era equipado com dois geradores de três fases: 90km - 2.400 volts - 60 rotações - e cada um era dirigido por um motor 140 HP Diesel. Suas voltagens eram transformadas em 440 volts para atender toda iluminação e consumo local. Nela também havia uma fábrica de gelo com capacidade de uma tonelada por dia.

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Igreja Matriz de Santo Antonio de Pádua

Na época da administração da Companhia, não era permitida a presença de líderes religiosos. Entretanto, durante uma conversa entre o Cardeal de Detroit e o responsável pela Ford, na mesma cidade, foi possível iniciar a evangelização em Belterra e Fordlândia.

Com a chegada do Frei Tiago Ryan (in memorian), a Companhia disponibilizou a ele diversos terrenos, em Belterra, para serem construídos convento, casa paroquial, capela e a casa dos padres, todos na Estrada 1.
  

A Matriz de Santo Antonio de Pádua (padroeiro da cidade) foi a segunda igreja católica a ser construída, localizada em frente a Praça Brasil.

Capela de Santo Antonio (esquerda), carpintaria (centro) e casa dos padres (direita), todos construídos em madeira.

Interior da Capela de Santo Antonio. (antiga)

As Festividades de Santo Antonio de Pádua acontecem no mês de junho com missas noturnas, seguidas do arraial, bingo tradicional e apresentações culturais (locais e de cidades vizinhas), com ênfase no dia 13 por ser o dia do Santo Casamenteiro.

A Matriz passou por reformas modificando sua estrutura e cor.

 Matriz de Santo Antonio de Pádua (atual)

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Fordlândia, a cidade fantasma

Para escrever sobre a História de Belterra desde sua fundação e entender como tudo aconteceu é necessário pesquisar, também, sobre Fordlândia.

Com a aquisição de terras próximas as cidades de Aveiro e Itaituba (Pará), as margens do rio Tapajós, o Projeto Ford iniciou as queimadas e limpeza da área para a construção da vila, assim como aconteceu em Belterra. O local chamava-se Boa Vista e, depois dessas mudanças, passou a homenagear o dono das terras, o norte-americano Henry Ford, sendo, então, fundada por ele em 1928.


Fordlândia ganhou fama internacional após várias publicações feitas por estudiosos que pesquisam sobre a vida de Henry Ford e sua empresa, a Ford Motors Company. Um dos destaques é o livro de Greg Grandin, publicado em 2009, que descreve os detalhes por trás desse grande empreendimento na Amazônia. Trata-se de uma pesquisa aprofundada com base em documentos da época, explicando desde a criação de Fordlândia até o fim do projeto em Belterra.

Fordlândia - Greg Grandin 

Outro livro que está circulando é um romance, também baseado na experiência de Ford com as plantações de borracha, escrito por Eduardo Sguiglia, publicado em 1997. O autor utilizou os fatos históricos sobre Fordlândia em diferentes escalas de tempo. A história começa com a tragetória de um argentino contratado pela Companhia, descrevendo seu trabalho, condições de vida, atividades cotidianas, o momento da entrevista na empresa e a viagem até o lugar.

Fordlândia - Eduardo Sguiglia 

Ressalto, também, um filme de Daniel Augusto e Marinho Andrade intitulado "Fordlândia", que mostra toda a história do lugar através de imagens feitas na época, documentos e relatos de americanos que nasceram e viveram na vila. Nesse documentário um grande destaque foi a entrevista com a Dona América (in memorian) conhecida como a "biblioteca viva" de Fordlândia, visto que trabalhou para a Companhia Ford desde o momento em que chegaram ao lugar, passando a ser personalidade local, querida por todos e que deixou muitas saudades.


Com as estruturas antigas, o difícil acesso ao lugar, entre outros fatores, Fordlândia ficou entregue ao abandono e passou a ser conhecida como "A Cidade Fantasma da Amazônia".

Outros livros sobre Fordlândia:


 







terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Você Sabia?

Nos Estados Unidos foi criado um cassino chamado "Belterra Casino Resort & SPA", localizado na cidade de Florence, Indiana, próximo a Kentucky. Segundo J. Dought, moradora de lá que mantive contato em 2005, o cassino é o único local de entretenimento e é frequentado por turistas do mundo todo. A cidade é pequena e a população também é composta por brasileiros. Não tenho informações sobre a origem do nome e ela também não soube responder, mas as buscas continuam.

domingo, 2 de janeiro de 2011

Escola Henry Ford / Escola Waldemar Maués


A primeira escola registrada em Belterra, construída pelos americanos, teve suas atividades iniciadas no dia 16 de janeiro de 1939. Localizada na Estrada 1, ela possuía diretoria, secretaria, salão de eventos, banheiro, duas salas e quadra de esportes. Seu nome fazia referência ao magnata Henry Ford, responsável pelo grande empreendimento da época e dono das terras belterrenses.

 Henry Ford


No dia 28 de outubro de 1972, o Grupo Escolar Henry Ford passou a chamar-se Escola Waldemar Maués em homenagem ao diretor do Ministério da Agricultura, agrônomo, e que contribuiu com a educação em Belterra. Após essa mudança, a escola foi reformada e passou a ter oito dependências a mais, preservando o estilo americano. O ensino era a nível fundamental (antigo 1º grau) e passou a ter nível médio (antigo 2º grau) no final dos anos 90, com ensino regular e modular. Desde então, é a única escola do município com nível médio de ensino.
 
 Waldemar Benassuly Maués

Escola Waldemar Maués (antiga).

Depois de anos de funcionamento, a estrutura da escola encontra-se em estado de alerta, pois está comprometida e corre risco de desabar. Por esse motivo, foi construída na área da frente, onde era o parque, outra escola em alvenaria, seguindo os padrões atuais, e a quadra de esportes foi reconstruída.


Escola Waldemar Maués (atual)

Hoje podemos ver que na área, antes aberta, está murada e com as duas escolas: antiga e atual, de madeira e alvenaria, respectivamente.

Esquina da Estrada 1 com Vila Piquiá, em frente a Caixa D'água.

Você Sabia?

Existe um tipo de argila na Amazônia chamada "Belterra" e que, supostamente, pode ter vindo da África. Um climatologista trabalha na hipótese de que partículas de poeira vindas de lá formaram essa argila que pode ser encontrada em uma vasta região, desde o Noroeste do Pará até Manaus, em Rondônia, Acre e Sudoeste da região. A argila Belterra seria o resultado da poeira acumulada durante 3 milhões de anos.

Leia a notícia na íntegra:

sábado, 1 de janeiro de 2011

Linguajar do Homem Tapajônico

Pesquisa feita pela Professora Elza Sena Nogueira há, mais ou menos, 25 anos atrás.

A ordem e a descrição dos vocábulos serão escritas de acordo com o documento original e, portanto, não seguem as regras gramaticais atuais.


Linguajar do Homem Tapajônico (Belterra)
 
1 - PAINEL = espaço na seringueira formado pela sequência dos cortes.

2 - CORTE = talho feito na seringueira para a extração do látex.


3 - DESCARGA = abandono de emprego (voluntário ou de ordens superiores).


4 - RIFIRI = apito


5 - ALISTAR = empregar, submeter-se ao serviço na "Companhia".


6 - COMPANHIA = denominação dada pelos moradores de Belterra às "Plantações Ford".


7 - CORTE ORIENTE = corte empregado no seringal de Belterra derivado do Oriente, diferente do corte amazônico.


8 - DISCERNAR = * levar o aluno a ser mais ativo nos trabalhos.

                              * ficar sem ação para tal.
                                *dizer muita coisa para alguém.

9 - PAY DAY = termo usado no tempo do "americano" - dia do pagamento.


10 - SERNAMBI = leite coagulado, borracha.


11 - QUADRA = 16 hectares de terra com plantio de seringa; loteamento plantação de seringais.


12 - DIVISÃO = denominação dada à locais, espécie de bairro.


13 - VILA = aglomerados de casas, residências dos empregados.


14 - ESTRADA = ligação feita entre divisões e vilas.


15 - BOROCA = espécie de sacola que usa o seringueiro para a coleta do sernambi.


16 - LENÇO = pedaço de pano para a limpeza das tijelas empregadas no recebimento do líquido que escorre da seringueira.


17 - ESPIRAL = trajetória ou qualidade do corte (tipo do corte).


18 - CERCADO = local protegido por alambrado onde funcionam diversos setores de trabalho (almoxarifado, U.B.L., oficina mecânica, carpintaria, garagem, casa de força, etc.


19 - U.B.L. = Usina de Beneficiamento de Látex.


20 - C.B.A. = Companhia Brasileira de Alimentos: Local onde, pelo tempo da guerra, era usado para o armazenamento de alimentos; local afastado.


21 - ARAME = fecho de segurança que sustenta a tijela na seringueira.


22 - LACTÔMETRO = aparelho usado nas "estações de coleta" para medir o grau do látex (leite).


23 - SANTO BRITO = denominação deturpada para a solução química que se mistura ao amônio com um fungicida e bactericida para a conservação do leite em seu estado natural.


24 - CORNETA = espécie de funil usado pelo "capataz" para aviso aos seringueiros da hora da colheita.


25 - ESTAÇÃO DE COLETA = posto (casa) de recebimento do látex.


26 - BARRAQUEIRO = homem que opera na estação de recebimento de leite.


27 - CAPATAZ = homem responsável pela turma de seringueiros.


28 - CABELO DELA = nome vulgar empregado a uma vila de Belterra, em cujo local o seu primeiro morador tinha esse apelido.


29 - ARRENDATÁRIO = seringueiro, homem que vive do arrendamento das seringueiras.


30 - RABO DA GATA = nome vulgar empregado a uma vila de Belterra.
 
31 - 129 ou Vila Bode = 129 por ser o número da quadra onde se acha localizada a vila. Bode - nome vulgar empregado à vila por ter sido o seu primeiro morador um homem cujo apelido era Zeca Bode.

32 - Sondagem = nome empregado a uma vila de Belterra.


33 - Coração da 8 = termo empregado ao centro de uma das vilas de Belterra.


34 - Boca da 8 = termo empregado ao início da mesma vila acima mencionada, ou seja, a Estrada 8.


35 - Curica = termo empregado à parte final da Estrada 8.


36 - Pindobal = Porto Fluvial de Belterra; recebeu esse nome por causa da grande quantidade de palmeiras (Pindo-Indígena) ali existentes.


37 - Cunhantã - de origem indígena que significa menina; também usado pelo povo belterrense.


38 - CURUMIM = masculino de cunhantã; menino.


39 - PARARAMA = tipo de lagarta muito comum que aparece no seringal. Em geral, as vítimas da pararama ficam aleijadas.


40 - TIGELA PARA COLETA = pequeno vasilhame de alumínio usado durante o corte da seringueira para receber o líquido escorrido.


41 - JUTAÍ = fruto silvestre encontrado nas matas de Belterra; é comestível.


42 - SERINGA = fruto da seringueira.


43 - GARIMPO DE SERINGA = local onde se encontram muitos pés de seringueiras bem próximas umas das outras.


44 - BALDE = vasilhame em maior tamanho, que serve para transportar o látex do seringal ao posto de recebimento.


45 - CLONE = é a progênie de um indivíduo perpetuado através da reprodução vegetativa.


46 - JARDIM CLONAL = chama-se o terreno em que se encontra plantado o material que servirá para propagação.


47 - PÉ FRANCO = plantas originadas de sementes.


48 - CABEÇA PRETA = denominação dada a algumas árvores da espécie Benthamiana.


49 - LÁTEX = leite da seringueira; seiva; líquido branco.


50 - 8 QUADRAS = primeiras quadras de seringueiras plantadas pelos americanos, a margem direita da estrada do pindobal.


51 - CASA 1 = casa modelo, de madeira, destinada ao chefe de Belterra ou Administrador para sua residência.


52 - PAZ E AMOR = barracão de madeira onde se hospedavam homens solteiros que vinham trabalhar na Companhia.


53 - VILA AMERICANA = vila destinada aos técnicos de Belterra.


54 - ERT = Estabelecimento Rural do Tapajós.


55 - CLUB HOUSE = sede social, na vila Americana, frequentada, na época, somente pelos americanos.


56 - GOELA DA MORTE = descida íngreme comparada a uma goela que serve de atalho para a estrada do porto novo.


57 - PORTO NOVO = antigo porto fluvial de Belterra localizado acima do Pindobal.


58 - JURUBEBA = nome vulgar empregado a uma vila de Belterra de motivo de ter havido aí muita jurubeba (vegetal espinhoso).


59 - VILA PIQUIÁ = nome vulgar empregado a uma vila de Belterra caracterizado pela existência de alguns enormes piquiazeiros.


60 - PIQUETE = haste de madeira, aproximadamente 2 metros, que servia de marco entre as quadras de seringueiras. Também o nome é empregado para caminhos que se formaram entre as quadras. 

 
61 - Atalho = pequenos caminhos por entre as quadras.

62* - Vila Operária = nome vulgar empregado a uma vila de Belterra pelo fato das residências ali serem destinadas aos operários.

62* - Vila Pilão = nome vulgar empregado a uma vila de Belterra. Sua origem diz-se que o primeiro morador da vila, ao chegar, seu primeiro objeto transportado foi um pilão.

63 - Viveiro = local onde se faz o plantio de seringueiras para depois serem enxertadas e transplantadas para os locais definitivos. Chamam-se cavalo ou porta-enxerto.

64 - Cambito = pedaço de pau com a ponta voltada para baixo; esse material é usado como auxiliar na roçagem do mato.

65 - Cambão = vara com 2 metros aproximadamente, utilizado pelo seringueiro no transporte de leite em baldes, que se penduram em cada ponta da vara e é carregada no ombro.

66 - Pitiú = também chamada cambéua, é a fêmea do tracajá. Pitiú também pode sugerir o cheiro do peixe.

67 - Encruzilhada = o mesmo que esquina; cruzamento das estradas.

68 - Baiúca = pequeno comércio; bodega; taberna.

69 - Xaperema = pequeno peixe característico do Tapajós, principalmente nas imediações do porto de Pindobal.

70 - Aramanaí = pequena vila às margens do Tapajós, próximo a Belterra.

71 - Caititu = aparelho para ralar mandioca. Designa também o porco do mato.

72 - Beiju = espécie de alimento feito de mandioca.

73 - Tapioca = também conhecida por goma; é uma substância extraída da mandioca para diversas utilidades, especialmente no preparo do tacacá.

74 - Tapioquinha = beiju feito da tapioca.

75 - Puba ou toco mole = mandioca podre, deixada de molho por 3 ou 4 dias, propositalmente para o fabrico da farinha d'água.

76 - Rilho ou Couro = termo empregado para dizer quando alguém está na mal financeiramente, fisicamente ou qualquer outro estado. Diz-se: "Fulano está no rilho".

77 - Iruçanga = nome de uma praia bem próximo de Pindobal.

78 - Titica = espécia de cipó. Dinheiro.

79 - Coivara = fogueira feita no roçado para eliminar os restos de paus que ficaram da queimada.

80 - Cuia = vasilhame muito usado na cozinha feito do fruto da cuieira.

81 - Cuiapé = cuia rasa empregado na torrefação da farinha, especialmente no momento de escaldar a massa.

82 - Porronca = cigarro grosso, não industrializado, feito pelo próprio caboclo.

83 - Quebra-fogo = área na margem do seringal, que serve de proteção às casas de palha, contra incêndios.

84 - Posto fiscal = casa de tijolo onde ficam os fiscais; espécie de local de vigilância.

85 - Pirueta = acrobacia.

86 - Caté = termo empregado para significar algo feito com arte. Diz-se: "foi de caté".

87 - Aranzel = confusão.

88 - Putitanga = nome vulgar empregado quando se quer evitar outras pornografias.

89 - Bica = pequeno material de flandre que se coloca na seringueira para a descida do leite da tigela.

90 - Contratista = pessoa que trabalha através de contratos; o seringueiro de modo geral.

91 - Empreiteiro = espécie de contratista que faz empreitas.

92 - Borracha = o látex em estado sólido; sernambi.

93 - Campo de aviação = aeroporto.

94 - Peroba = o mesmo que maracujá.

95 - Casa branca = barracão de zinco localizado na C.B.A. utilizado, no tempo do americano, para armazém.

96 - Zonzeira = pode ser: à toa ou balbúrdia. Diz-se: "fulano está de zonzeira".

97 - Poeira = pó da terra. Nome de um antigo cinema.

98 - Embaubal = nome vulgar empregado para o cemitério por ser um lugar de muita embaúba.

99 - Vila Timbó = nome empregado a uma vila de Belterra em cuja área havia muito timbó (planta venenosa).

100 - Bodó = espécie de bolinho feito de trigo.

101 - Coroca = espécie de pássaro preto muito comum em Belterra.

102 - Lascado = termo empregado para significar arrasado. Diz-se: "Fulano está lascado".

103 - Ilharga = ao lado, beira, margem, encostado.

104 - Chibé = pirão de farinha de mandioca, água e açucar.

105 - Puxirum = mutirão, ajuntamento para a realização de algum serviço.

106 - Beirada ou beiradão = margem do rio.

107 - Gito ou gitinho = pequeno, muito pequeno.

108 - Birita = pinga, cachaça.

109 - Quenquén = vocábulo deturpado de quinquênio.

110 - Molambo = pedaço de pano velho utilizado na limpeza de assoalho.

111 - Comissária = antigo comércio mantido pela Companhia para venda exclusiva aos empregados.

112 - Troço = pode significar coisa muito boa ou algo insignificante.

113 - Tipiti = instrumento empregado na fabricação da farinha.

114 - Garimpo = vala destinada as impurezas na separação do látex, no momento da centrifugação, ao decorrer do tempo formou-se camada de sernambi.

115 - Panada ou eito = faixa de 100 metros em uma quadra de 16 hectares para plantio de seringueira.

116 - Corra ou repasse = uma reenxertia em seringueira.

117 - Cata ou colha = retirada das últimas hastes nos Jardins Clonais.

118 - Nesga = faixas de complementação pela ocasião do alinhamento, quando este não dava certo no fechamento de 16 hectares.

119 - Aceiro = são faixas de aproximadamente 20 metros feitas por tratores ou manual afim de evitar a passagem do fogo para mata, isto quando se está preparando uma área.

120 - Carote = vasilhame usado para transportar água aos trabalhadores do campo.

Professora Elza Sena

* Há duplicidade na numeração "62", portanto, a quantidade exata de significados é 121.

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