segunda-feira, 29 de julho de 2024

Gincana Cultural de Belterra 2024

Divulgação @andresontuk.oficial

O tradicional evento de Belterra aconteceu nos dias 26 e 27 de julho de 2024.

As equipes Raça e Os Piratas competiram na quadra de eventos da Praça Brasil, e a vitória foi da equipe azul, que comemorou pelas ruas da cidade no dia 28 de julho, após a apuração dos resultados.

EQUIPE RAÇA CAMPEÃ 2024


As tarefas da gincana cultural foram entregues no dia 19/07/2024.



segunda-feira, 8 de julho de 2024

XIX Gincana Cultural de Belterra

 
Foto: ASCOM/PMB

  A Gincana Cultural de Belterra será realizada na quadra de eventos da Praça Brasil nos dias 26 e 27 de Julho com o tema "Belterra: 90 anos de História". O evento tem o objetivo de promover o resgate cultural e histórico da cidade de Belterra através das expressões artísticas dos belterrenses.

  A primeira tarefa "Doação de Sangue" foi apresentada durante a programação de aniversário da cidade. A equipe com maior número de doadores até às 20h do dia 26, primeiro dia da gincana, será a vencedora da tarefa.

Coordenadora do Setor de Captação de Doadores de Sangue do Hemocentro de Santarém, Rejane Dias (ASCOM/PMB)


  As outras tarefas serão sorteadas no dia 19 de julho, a partir das 19h, em um evento que dará início a gincana cultural.


De acordo com o regulamento, as tarefas obrigatórias da XIX Gincana são:
I - Porta Estandarte;
II - Rainha;
III - Momento Galera; e
IV - Lenda Amazônica.


Pesquisa e Texto: Míriam Sousa

Teatro da Escola Henry Ford

Diretora Zélia Braga com alunos em direção ao Teatro da Escola Henry Ford.

      A Companhia Ford projetou uma cidade empresarial com foco também na educação. A empresa trouxe muitos benefícios para os filhos dos trabalhadores de Belterra, com projetos idealizados pelos americanos envolvendo educação e lazer.

    Em 1941, durante uma solenidade em agradecimento às benfeitorias da Companhia Ford, em relação ao grau de instrução das crianças e  da dedicação do corpo docente do Grupo Escolar Henry Ford, os alunos da matéria "Língua Inglesa" apresentaram no Teatro da Escola a comédia "English is easy to learn", sob orientação do senhor Raimundo Alves Teixeira, e encerraram cantando o Hino Nacional Americano. O hino dos Estados Unidos era entoado em todas as solenidades de Belterra, inclusive nas inaugurações das escolas.

      Interior do Teatro da Escola Henry Ford (salão da escola Waldemar Maués)

       O Teatro da Escola Henry Ford era utilizado pelos alunos durante os eventos escolares. As apresentações eram diversificadas: bailados, diálogos, cançonetas e musicais faziam parte dos espetáculos criados para o entretenimento local.


HINO DOS ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA

Oh, say, can you see, by the dawn’s early light

What so proudly we hailed at the twilight’s lasted gleaming?

Whose broad stripes and bright stars, through the perilous fight,

O ‘er the ramparts we watched, were so gallantly streaming.

And the rockets` red glare, the bombs bursting in air,

Gave proof through the night that our flag was still there.

Oh, say, does that star-spangled banner yet wave

O’er the land of the free and the home of the brave?

 

On the shore dimly seen, through the mists of the deep,

Where the foe’s haughty host in dread silence reposes,

What is that which the breeze, o’er the towering steep,

As it fitfully blows, half conceals, half discloses?

Now it catches the gleam of the morning’s first beam,

In fully glory reflected, now shines on the stream:

‘Tis the star-spangled banner: oh, long may it wave

O’er the land of the free and the home of the brave.

 

And where is that band who so vauntingly swore

That the havoc of war and the battle’s confusion

A home and a country should leave us no more?

Their blood has vanished out their foul footstep’s pollution.

No refuge could save the hireling and slave

From the terror of flight, or the gloom of the grave:

And the star-spangled banner in triumph doth wave

O’er the land of the free and the home of the brave!

 

Oh, thus be it ever when freemen shall stand.

Between their loved home and the war’s desolation!

Blest with victory and peace, may the heaven-rescued land

Praise the Power that has made and preserved us a nation.

Then conquer we must, when our cause it is just.

And this be our motto: “In God is our trust”.

And the star-spangled banner in triumph shall wave

O’er the land of the free and the home of the brave.

 (Francis Scott Key)



Pesquisa e Texto: Míriam Lane Sousa

Blog Belterra do Tapajós

sexta-feira, 5 de julho de 2024

Alberta – vila industrial de Henry Ford em Michigan, USA.

Alberta, vila industrial de Henry Ford, em 1938. (Coleção The Henry Ford)

    Alberta é uma vila industrial criada por Henry Ford em 1936, dois anos após a criação da vila de Belterra. A pequena cidade que está localizada no condado de Baraga, a oito milhas do sul de L'Anse, no estado americano de Michigan, na verdade não é uma cidade, mas uma vila corporativa, pois não foram construídas lojas, nem igrejas, nem serviços de correspondências, bancos, postos de gasolina e outros serviços que possam identificá-la como cidade. A população quando necessitava de serviço médico, compras para casa, ou algum serviço básico, se deslocavam para a cidade mais próxima que atendesse a necessidade.

Alberta (Coleção The Henry Ford)

    A Ford Motor Company tinha várias instalações na Península Superior de Michigan. Alberta fazia parte do programa "Village Industries", criado por Ford nas décadas de 20 e 30 com cerca de 30 pequenas fábricas de peças e ferramentas para usinas e barragens. Ford era fã de energia hidrelétrica que ele chamava de carvão branco. O objetivo de Ford era criar vilas industriais para suprir a necessidade de matéria-prima para sua empresa.

Alberta (Coleção The Henry Ford)

    A madeira era um dos principais materiais da época, assim como a borracha produzida em Belterra, para os automóveis Ford. Para que todo seu projeto fosse viabilizado por sua empresa, Ford construiu uma serraria em Alberta, doze casas para funcionários e duas escolas. E para abastecer o lugar com água, ele represou um rio para criar um pequeno lago.

Alberta (Coleção The Henry Ford)

    A serraria iniciou suas operações em 1º de setembro de 1936, com plena capacidade, e mais simples em relação a outras existentes em Michigan. A fábrica produzia 14.000 pés quadrados por dia de madeira dura e 20.000 pés quadrados por dia de madeira macia que era usada na fabricação de automóveis Ford. As primeiras madeiras produzidas foram usadas na construção das casas e escolas.

Alberta (Coleção The Henry Ford)

    O nome do lugar foi em homenagem a Alberta Johnson, filha de Fred Johnson que foi engenheiro-chefe da Ford Motor Company em toda a Península Superior de Michigan. Johnson, ao lado de Kingsford, administrou os 1.700 acres de terras florestais da Ford.

Henry Ford (ao centro), Edward Kingsford (à esquerda) e Fred Johnson (à direita) ao lado de crianças e moradores em Alberta, 1938. (Coleção The Henry Ford)

    Após a Segunda Guerra Mundial a empresa tinha pouca necessidade de produção da serraria de Alberta, e em 1947 o seu patrono Henry Ford faleceu, ocasiando poucas expectativas para a continuação do projeto.

    Em 30 de junho de 1954, a Ford Motor Company decidiu encerrar as atividades na cidade de Alberta, e cinco meses depois foi doada à Escola de Recursos Florestais e Ciências Ambientais (Universidade Tecnológica de Michigan), com toda a estrutura da serraria, casas e prédios comunitários.

Alberta (Coleção The Henry Ford)

    Atualmente é usada como Ford Forestry Center e Research Forest, como centro educacional para várias universidades dos Estados Unidos. A cidade abriga uma estação de pesquisa experimental, laboratório educacional, centro de aprendizagem da escola de Silvicultura e produtos de madeira.

Entrada do Ford Forestry Center e Research Forest.

Lago em Alberta, Michigan.

Vista aérea de Alberta.


Texto e pesquisa: Míriam Lane Sousa

Fontes de Pesquisa:

História Automotiva (hagerty)

Comunidades de Henry Ford (upmatters)



quarta-feira, 3 de julho de 2024

Escola Manoel Garcia de Paiva (Grupo Escolar Benson Ford)

Inauguração da Escola Benson Ford (Coleção The Henry Ford)

       A Escola Benson Ford foi inaugurada no dia 04 de julho de 1941, no mesmo dia da Independência dos Estados Unidos da América (USA).
    A construção da escola, no meio do seringal, foi projetada de forma diferenciada, sendo a mais estilosa de Belterra. A terceira escola construída pela Companhia Ford recebeu o nome do neto de Henry Ford, e filho de Edsel Ford.

Benson Ford em 1955. (neto de Henry Ford)

    Durante a solenidade foi entregue a chave da escola Benson Ford para a diretora das escolas de Belterra, Srª. Zélia Braga. (informação descrita em inglês no verso da foto original).

Prof. Zélia Braga no discurso de inauguração da escola Benson Ford.

Sala de aula da Escola Benson Ford (Coleção The Henry Ford)

Banheiro da Escola Benson Ford (Coleção The Henry Ford)

    O evento foi coordenado pela Professora Zélia Pinto de Sousa Braga e seu corpo docente formado pelas professoras Hélia Freitas, Joana Coen, Julia Coreteiro e Raimunda Frota Rola, conforme registro do livro de ocorrências da diretora.
     Localizada na Vila 129 (vila bode), atual bairro Santa Luzia, o Grupo Escolar Benson Ford acolheu alunos das escolas improvisadas que funcionavam na vila (bloco 129) e na Estrada 7.

Registro da Diretora Prof. Zélia Braga, em 1941.

Grupo Escolar Benson Ford em 1946. (Jornal A Manhã)

    Depois que Belterra voltou a ser propriedade do governo brasileiro, sob a direção da DEMA/PA (Delegacia Estadual do Ministério da Agricultura no Pará), na gestão de Waldemar Benassuly Maués, a charmosa escola passou a chamar-se Escola Manoel Garcia de Paiva, em homenagem ao primeiro administrador brasileiro da Companhia Ford Industrial do Brasil.

Manoel Garcia de Paiva (Foto Virginia de Sousa Paiva)

Manoel Garcia de Paiva
    Engenheiro agrônomo com especialização nos EUA, fluente em inglês, francês e espanhol, e conhecedor do latim. Mineiro de Belo Horizonte, chegou em Fordlândia no início dos anos 30, atraído pela demanda de trabalho da Companhia Ford, extinta em 1945, foi escolhido por Felisberto Camargo para ocupar o cargo de administrador brasileiro do acervo patrimonial transferido da Ford para a União, gerindo a partir daí as "Plantações Ford de Belterra e Fordlândia". Especializado em problemas de pessoal, sua primeira missão foi presidir uma comissão para reorganizar a tabela de trabalhos e salários.
    Devido sua responsabilidade no alto escalão da concessão Ford, sua residência foi fixada na Casa 3 da vila americana até 1950, quando encerrou sua jornada na administração das plantações e mudou-se para Belém do Pará.
    Em 1963, já aposentado, preferiu retornar para Belterra, fixando residência no Porto Novo, comunidade onde morou no início do projeto Ford. Anos mais tarde, 1967, vítima de insuficiência cardíaca, faleceu no hospital Henry Ford e foi sepultado no atual cemitério Santo Antônio.

Escola Manoel Garcia de Paiva, 2011. (Arquivo do Blog)

Escola Manoel Garcia de Paiva, 2011. (Arquivo do Blog)

Escola Manoel Garcia de Paiva, 2011. (Arquivo do Blog)

    A escola ficou abandonada por um período, mas, com a iniciativa dos próprios moradores da vila, o prédio histórico foi revitalizado para dar mais comodidade aos seus professores, alunos e toda equipe escolar.
    Em 2018, a prefeitura de Belterra, por meio da Secretaria de Educação, iniciou a recuperação do prédio da escola com o propósito de manter os aspectos originais do educandário, por ser um dos patrimônios históricos mais atraente da cidade. A reforma foi entregue em fevereiro de 2019 através de uma aula inaugural.

Reprodução ASCOM/PMB


Vista aérea da Escola Manoel Garcia de Paiva, 2021. (Foto Odenildo Brito)

    Atualmente os comunitários da vila 129 revitalizaram parte do prédio para dar espaço ao "Projeto Cine Kids", realizado na sexta-feira para as crianças do bairro.

Praça ao lado da Escola Manoel Garcia de Paiva, 2024. (Foto Odenildo Brito)

    O prédio da escola faz parte de um projeto da OSCIP AMABRASIL, ao qual irá denominar a escola como "Escola Internacional Sustentável". Trata-se de uma escola profissionalizante de nível técnico voltada para trabalhos da indústria de madeira, sendo também chamada de "Escola de Madeira".

Expectativa da obra (imagem e informações do projeto disponíveis no Portal de Investimentos do governo)

E.M.E.F. MANOEL GARCIA DE PAIVA
ENDEREÇO:
Estrada 06, Nº 1089, esquina com Travessa José Estevão.
Bairro Santa Luzia.
CEP: 68143-000
Belterra - Pará.


Pesquisa e Texto: Míriam Lane Sousa

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